Potencial Solar no Brasil, vale apena investir?

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Parece não haver um símbolo tão brasileiro quanto o sol que brilha para nós, ilumina nossas festas, faz nosso povo tão acolhedor e, porque não, a energia que ilumina nossas casas?

O país possui um grande potencial para gerar eletricidade a partir do sol. Só para se ter uma ideia, no local menos ensolarado no Brasil é possível gerar mais eletricidade solar do que no local mais ensolarado da Alemanha, que é um dos líderes no uso da energia fotovoltaica (FV). Segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar, diariamente incide entre 4.444 Wh/m² a 5.483 Wh/m² no país.

 

Apesar dessas condições favoráveis, o uso de energia solar para geração elétrica pode e tem as condições de ser considerado como uma opção para alimentar nossas indústrias, casas e edifícios. Como o país já possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, a melhor integração da energia solar FV vem sendo como fonte complementar, aproximando a geração do consumo e reduzindo assim perdas com transmissão.

A publicação da Resolução Normativa 482 em abril de 2012, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e sua revisão, a REN 687/2015, ampliou essas possibilidades, introduzindo o sistema net metering no Brasil, mais conhecido como Sistema de Compensação de Energia. Desta forma, reduziu as barreiras para a conexão de sistemas fotovoltaicos à rede de distribuição como a exigência de que as distribuidoras disponibilizem um processo online de solicitação da instalação junto à empresa, além do aumento do prazo para a utilização dos créditos dos consumidores referente ao excedente da fatura – de 36 meses para 60 meses.

Se nas cidades há vastas áreas sobre as edificações para a instalação de painéis fotovoltaicos, no meio rural, essa fonte energética é a opção mais limpa e segura para levar eletricidade a comunidades isoladas e de difícil acesso.

Além disso, o Brasil possui uma das maiores reservas de silício do mundo. Isso faz com que o país seja um local privilegiado para desenvolver uma indústria local de produção de células solares, gerando empregos e retorno em impostos pagos. Para isso, seria preciso investir em pesquisas para desenvolver um conhecimento de purificação do silício até o chamado “grau solar”, que é superior ao do silício empregado na siderurgia.

Ilustração: Carol Rivello

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